Mitos e verdades sobre epilepsia

Fique por dentro sobre o que é mito e verdade quando o assunto é epilepsia.

Epilepsia é uma palavra de origem grega e significa “surpresa”, “evento inesperado”. O nome caiu bem para essa síndrome que, ainda nos dias de hoje, é cercada de preconceitos e mitos. Por isso, vamos desvendar e esclarecer os mitos e verdades sobre epilepsia mais frequentes. Leia abaixo e fique por dentro!

Verdade
As crises são controladas com medicamentos

Na grande maioria dos casos (70%), as crises epilépticas são controladas com a administração de medicamentos.

Mito
A epilepsia é uma doença contagiosa

A epilepsia não é uma doença contagiosa.  

Mito
O paciente com epilepsia não tem condições de viver uma vida normal

A maioria das pessoas com epilepsia tem condições plenas de ter uma vida normal, desde que sejam adequadamente tratadas e mantenham total adesão a esse tratamento.

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Mito parcial
Pacientes com epilepsia apresentam dificuldade de aprendizado

A maioria dos pacientes com epilepsia não tem dificuldade de aprendizado ou alterações mentais. Alguns podem ter esses sintomas devido à causa da epilepsia, como malformação do sistema nervoso, sequela de anoxia neonatal etc.. Outras pessoas têm esses sintomas associados à epilepsia, visto que a doença pode apresentar comorbidades, como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dislexia, transtornos de aprendizagem em geral, distúrbios psiquiátricos depressão) etc.. Vale lembrar, que as dificuldades escolares podem ocorrer ou ser agravadas pelas medicações usadas no controle das crises epilépticas.

Mito
Convulsão e ataque epiléptico são a mesma coisa

Convulsão é o termo utilizado para aquelas crises epilépticas caracterizadas por sintomas motores ou convulsivos, como a crise tônico-clônica, em que o paciente cai no chão e se bate. O ataque epiléptico, por sua vez, é a crise epiléptica em si e compreende todos os tipos de crises, ou seja, aquelas com sintomas motores, sensitivos, sensoriais etc.. Esses termos, de um modo geral, não são utilizados pelos médicos, mas são comuns na sociedade.

Verdade
As crianças requerem mais cuidados em relação à doença do que os adultos

Por serem dependentes e não terem noção real sobre a importância do tratamento, as crianças merecem atenção especial por parte dos pais e/ou cuidadores, tanto em sua rotina, quanto ao uso da medicação. No entanto, é importante que a criança seja sempre esclarecida sobre sua doença e seu tratamento.

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Mito
Crianças com epilepsia não têm condições de viver uma vida normal

Elas podem levar uma vida normal, desde que façam o tratamento corretamente e sejam submetidas a alguns cuidados, pois a criança nem sempre tem maturidade para distinguir o que pode desencadear uma crise. Crianças maiores e adolescentes devem saber que são tão capazes como qualquer outra pessoa de sua idade, mas que têm algumas limitações devido à doença (como cognitivo ou dificuldades de locomoção em alguns casos).

Mito
Crianças com epilepsia não podem nadar ou andar de bicicleta

Elas não devem ser privadas de uma vida normal. Podem brincar, andar de bicicleta e até mesmo nadar, porém, sempre acompanhadas por um adulto, para que traumas graves – queda ou afogamento causado por uma crise – sejam evitados até que a doença esteja controlada.

Mito parcial
As crises epilépticas em crianças são diferentes das apresentadas pelos adultos

As crises na infância são diferentes no que diz respeito à presença de determinadas síndromes epilépticas, em geral de origem genética, que têm evolução diferente.

Mito parcial
Crianças com epilepsia apresentam dificuldade de aprendizado

Nem toda criança com epilepsia tem dificuldade de aprendizado. Algumas, no entanto, dependendo do tipo da doença, podem apresentar dificuldades na escola, já que a epilepsia pode trazer comorbidades, como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dislexia e transtornos de aprendizagem em geral. Além disso, dependendo da causa da epilepsia, algumas crianças podem ter sintomas associados, como deficiência intelectual e transtornos do espectro autista. Vale lembrar, ainda, que as dificuldades escolares podem ocorrer ou ser agravadas pelas medicações usadas para controle das crises epilépticas.

Referências:

Supervisão Técnica

Dra. Maria Luiza Giraldes de Manreza – CRM 17097-SP
Doutora em Neurologia; supervisora da disciplina de Neurologia
Infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP)

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Maio/2022

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