Vida sem crise na Epilepsia

Após o diagnóstico e durante o tratamento, algumas atitudes e cuidados visando bem-estar e qualidade de vida.

Após o correto diagnóstico da epilepsia e durante todo o tratamento, algumas atitudes e cuidados devem ser tomados, visando bem-estar e qualidade de vida

Como proceder diante de um diagnóstico da epilepsia?

Receber o diagnóstico de epilepsia pode ser um momento assustador. Mas, com acompanhamento médico, medicamentos e cuidados adequados é possível conviver com a epilepsia de forma tranquila. Por isso, uma das primeiras recomendações médicas é comunicar parentes e amigos sobre a doença, para que estejam preparados e prontos para ajudar em caso de crises.

Outras iniciativas bem-vindas!

  • Se o paciente frequenta a sala de aula, é preciso conscientizar diretores, professores e colegas mais próximos para que saibam como agir durante e após uma crise.
  • Providenciar uma identificação de “pessoa com epilepsia”, contendo o nome da doença, medicamentos de urgência, nome e telefone do médico que acompanha o tratamento.
  • Conversar com o médico sobre a prática de atividade física mais indicada ao paciente.
  • Na academia, incluir a informação na ficha e conversar com o instrutor a respeito da epilepsia, informando-o sobre o que fazer em caso de crise.
  • Informar-se sobre a Diretriz Nacional para Direção de Veículos Automotores por Pessoas com Epilepsia.
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O tratamento da epilepsia

O diagnóstico correto do tipo de crise e da causa da epilepsia, bem como as características do paciente são fatores importantes para a definição do tratamento. Em geral, as crises epilépticas e a epilepsia são tratadas com medicamentos antiepilépticos. Algumas formas de epilepsia podem exigir tratamento cirúrgico ou, mais raramente, com dietas especiais ou estimuladores do sistema nervoso. Mas, geralmente, o uso de medicações é a primeira conduta recomendada.

A epilepsia, muitas vezes, requer ainda tratamento multidisciplinar, incluindo, além do acompanhamento com neurologista, psiquiatra, psicólogo, geneticista, neurocirurgião, nutricionista, fonoaudiólogo, assistente social, e, eventualmente, outros profissionais como endocrinologista, ginecologista e cardiologista.

Mantenha o foco no tratamento

A adesão ao tratamento é a atitude mais importante para o paciente com epilepsia. Isso porque, quando se interrompe o processo, a pessoa fica vulnerável a diversas complicações. As mais frequentes são:

  • as recaídas que podem levar a acidentes e fobias (medo de que a crise possa ocorrer a qualquer momento, causando isolamento social);
  • problemas no trabalho;
  • restrições para autonomia no trânsito ou na circulação pela cidade;
  • crises mais longas, que levam à internação hospitalar e podem ocasionar sequelas cognitivas;
  • alterações de comportamento (depressão, ansiedade);
  • risco de efeitos adversos medicamentosos (sonolência, redução da concentração, dificuldade de equilíbrio, mudança do humor, agitação e distúrbios hematológicos) e de novas crises, em virtude da descontinuidade do tratamento.
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Conduta correta

Após o correto diagnóstico e durante todo o tratamento, alguns cuidados devem ser tomados, visando o bem-estar e a qualidade de vida da pessoa com epilepsia. Veja a seguir:

Durante o tratamento

  • Estabelecer um horário para administração do medicamento, evitando o esquecimento de uma dose.
  • Não reduzir ou fracionar a dose prescrita pelo médico por conta própria. O sucesso do tratamento depende do uso contínuo da dose adequada para cada caso.
  • Evitar os fatores desencadeantes das crises
  • Ter a medicação sempre disponível. Isso é fundamental para a segurança física e emocional da pessoa com epilepsia.

Durante uma crise

Oriente seus familiares e colegas de convívio diário sobre os procedimentos essenciais para socorrê-lo. Durante uma crise, a pessoa deve permanecer, de preferência, deitada de lado. Sua cabeça deve ser protegida, afastando os objetos mais próximos. Dessa maneira, evita-se que ela se machuque e facilita a saída de secreções pela boca.

Importante: nada deve ser introduzido na boca do paciente para impedir que sua língua se enrole. Esse procedimento não é recomendado.

Após uma crise

As crises epilépticas geralmente são autolimitadas e sua duração pode levar de segundos a poucos minutos. Nesses casos, o ideal é que a pessoa descanse após a crise. Entretanto, em casos de uma crise prolongada, com duração de mais de cinco minutos, deve- se contatar o médico que acompanha o paciente e buscar atendimento de emergência, para condutas mais adequadas.

O papel do cuidador no tratamento da epilepsia

A pessoa com epilepsia deve ser cuidadosa com o uso da medicação, não se esquecendo do horário ou deixando de tomar os comprimidos. Além disso, ela deve preocupar-se com o aspecto emocional, evitando danos psicossociais secundários. A prática de exercícios físicos e as consultas periódicas com o especialista também são fundamentais na rotina de toda pessoa com epilepsia.

Por isso, se por qualquer motivo as pessoas com epilepsia não tiverem independência para realizar suas atividades diárias, um cuidador torna-se  essencial para o sucesso do tratamento. É desse profissional a obrigação de promover a autonomia, a adesão ao tratamento, o bem-estar e a autoestima do paciente, evitando a superproteção e o preconceito. Além disso, deve sempre buscar a criação de um ambiente acolhedor, fornecendo informações a respeito da doença e do tratamento às pessoas próximas e do convívio cotidiano do paciente com epilepsia.

Referências:

Supervisão Técnica

Dra. Maria Luiza Giraldes de Manreza – CRM 17097-SP Doutora em Neurologia; supervisora da disciplina de Neurologia Infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) 

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