A epilepsia com focos convulsivos no lobo temporal pode representar maior risco de desenvolver depressão, especialmente se as convulsões não estiverem controladas. A depressão é uma comorbidade particularmente comum e preocupante e seu tratamento é multifacetado, incluindo psicoterapia e uso de anticonvulsivos.2 Entretanto, às vezes, um fármaco antricrises (FACs) funciona bem para controlar convulsões, mas afeta o humor e talvez seja preciso encontrar um que não cause estes eventos adversos.
Emoções e humores estão claramente ligados à área límbica, parte específica do cérebro frequentemente envolvida em convulsões e atividades semelhantes a convulsões. Os medicamentos FACs tem como objetivo parar as convulsões mudando as ações das células daquela parte do cérebro, mas também podem afetar outras sensações pelas quais essas células são responsáveis, como humores e emoções.4
Em um estudo com adultos com 18 anos ou mais, pesquisadores descobriram que pessoas com epilepsia tinham duas vezes mais chances de relatar sentimentos de depressão em comparação àqueles sem epilepsia. Além disso, adultos com epilepsia ativa tiveram três vezes mais chances de relatar depressão no ano anterior do que adultos sem epilepsia.5 Além da depressão, a ansiedade – embora não seja tecnicamente um transtorno de humor – é outra emoção comum que ocorre mais frequentemente em pessoas com epilepsia.3
Para melhorar a qualidade de vida das pessoas com epilepsia, é importante que elas, suas famílias e cuidadores estejam familiarizadas com os transtornos de humor comumente encontrados: depressão, irritação, ansiedade, sensação de medo ou pânico etc..
Às vezes, todo mundo experimenta alguns sentimentos de ansiedade, irritabilidade ou depressão. No entanto, se esses sintomas duram muito tempo, são graves, ou interferem com seus relacionamentos ou trabalho, eles provavelmente precisam de tratamento. Veja algumas dicas de como agir:
- Conte ao médico sobre seus sentimentos. Explique com que frequência esses sintomas ocorrem, como eles fazem você se sentir, e quanto tempo duram.
- Se você puder, faça um calendário anotando a frequência desses sintomas e um calendário de convulsões.
- Pergunte ao seu médico se esses sintomas podem estar relacionados à sua epilepsia. Juntos, você e seu médico podem decidir se precisam de tratamento para um distúrbio de humor.