Epilepsia: Vida Sem Crise

Saiba como encarar o diagnóstico e como conviver com a epilepsia com qualidade de vida e sem medos.

Epilepsia é uma doença neurológica crônica, caracterizada por crises epilépticas, na maioria das vezes inesperadas, que ocorrem devido à descarga elétrica excessiva de um grupo de neurônios e costumam se repetir com o tempo. A doença pode se manifestar em diferentes fases da vida, e o início costuma ocorrer mais frequentemente na infância e após os 60 anos.

O diagnóstico de epilepsia traz consigo uma série de dúvidas e angústias para pacientes, familiares e cuidadores. Somente informações claras a respeito da doença e seu tratamento poderão ajudar a criar um ambiente seguro e afetuoso em casa ou no trabalho. Veja a seguir, mais informações sobre epilepsia e dicas sobre como conviver com a doença com qualidade de vida e sem medos.

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Causas da epilepsia

A causa da doença é variável, podendo ser congênita ou adquirida e, em alguns casos, desconhecida. Dependendo da idade da pessoa afetada, as causas podem incluir:

  • distúrbios genéticos
  • malformações do sistema nervoso
  • distúrbios do desenvolvimento cortical, como as displasias corticais
  • problemas no parto (asfixia perinatal, por exemplo)
  • trauma cranioencefálico
  • acidente vascular cerebral (AVC)
  • abuso de álcool e outras drogas
  • causas metabólicas (erros inatos do metabolismo)
  • transtornos degenerativos (Alzheimer, Demência Frontotemporal)
  • tumores
  • esclerose mesial temporal (morte seletiva de neurônios na região do hipocampo) principal causa de epilepsia refratária em adultos;
  • infecções (neurocisticercose, HIV, tuberculose, meningoencefalites)

O diagnóstico

É clínico, sendo confirmado por eletroencefalograma para definir o tipo, a quantidade e a localização das descargas elétricas. Também pode ser feito por meio de uma ressonância magnética, que, em muitos casos, pode definir a causa da doença. A partir daí, é possível determinar a gravidade, o risco de recorrência e os fatores desencadeantes, associando-os ao estilo de vida do paciente, em busca de tratamento adequado.

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Reconhecendo uma crise epiléptica

As crises epilépticas dividem-se em focais e generalizadas e podem ocorrer com ou sem alteração da consciência. As crises epilépticas apresentam sintomas variados, dependendo da área cortical cerebral envolvida na geração e propagação da crise.

Em crises como as do lobo temporal (um tipo de epilepsia focal com grande relevância clínica pela alta incidência e gravidade), muitas vezes a pessoa menciona uma sensação de desconforto no estômago, que sobe até a garganta, seguida de parada comportamental, perda da interação com o meio, movimentos automáticos da boca (mastigação e estalar da língua) ou dos membros (movimento de abotoar). É a chamada crise psicomotora.

Outras vezes, a crise pode ter início súbito, em que a pessoa cai, fica inicialmente dura e depois apresenta contrações generalizadas da musculatura, em especial das pernas e braços. É a crise tônico-clônica generalizada, em que a pessoa não percebe o início, podendo machucar-se durante a queda.

As crises epilépticas apresentam sintomas variados, dependendo da área cortical cerebral envolvida na geração e propagação da crise. Entre suas manifestações mais comuns estão:

  • alteração de sensibilidade (formigamentos)
  • percepção de cheiros estranhos
  • alterações visuais/auditivas
  • vertigem
  • incômodo abdominal
  • contrações musculares localizadas ou generalizadas
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Fatores desencadeantes

As crises epilépticas, dependendo do tipo de epilepsia e do paciente, podem ser desencadeadas por:

  • febre
  • suspensão abrupta da medicação
  • estresse
  • ingestão de álcool e outras drogas
  • baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia)
  • privação de sono

Supervisão Técnica

Dra. Maria Luiza Giraldes de Manreza – CRM 17097-SP
Doutora em Neurologia; supervisora da disciplina de Neurologia
Infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP)

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Maio/2022

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