Cuidados indispensáveis
Após o diagnóstico e durante todo o tratamento, algumas atitudes e cuidados devem ser tomados, visando o bem-estar e a qualidade de vida da criança com epilepsia:
- comunique parentes e amigos sobre a doença, para que eles possam estar preparados e prontos para ajudar em caso de crises;
- na escola, conscientize diretores, professores e colegas mais próximos para que saibam como agir durante e após uma crise;
- providencie uma identificação de pessoa com epilepsia para a criança. Ela deve conter informações como diagnóstico, medicamentos de urgência, contatos e nome e telefone do médico que acompanha o tratamento;
- fique atento ao comportamento e aprendizagem escolar da criança. A epilepsia pode estar associada a transtornos psiquiátricos e comportamentais que podem interferir no rendimento escolar;
- estabeleça um horário para a administração do medicamento, programe o alarme do celular para evitar o esquecimento de alguma dose;
- não reduza ou fracione a dose do medicamento prescrito pelo médico por conta própria. O sucesso do tratamento depende do uso contínuo da dose adequada para cada caso;
- tenha a medicação sempre disponível. Isso é fundamental para a segurança física e emocional da criança;
- cuide para que os fatores desencadeantes das crises sejam evitados.
Durante uma crise convulsiva
Durante uma crise convulsiva, a criança deve permanecer, de preferência, deitada de lado. Sua cabeça deve ser protegida, afastando os objetos mais próximos. Dessa maneira, evitam-se machucados e facilita-se a saída de secreções pela boca. É importante saber que nada deve ser introduzido na boca da criança para impedir que sua língua se enrole. Esse procedimento nunca é recomendado. Em caso de ferimentos, o serviço de urgência e emergência deve ser acionado.
As crises epilépticas, em geral, são breves, geralmente passam sozinhas e duram entre poucos segundos e, no máximo, três minutos. Nesses casos, após a crise, coloque a criança para descansar, acomodando-a em local confortável. Em caso de crise prolongada, com duração de mais de cinco minutos, deve-se contatar o médico que acompanha o paciente e buscar atendimento de emergência para as condutas mais adequadas.
Referências:
1 Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) - https://epilepsiabrasil.org.br. Acessado em 04/04/2022.
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