A pergunta que não quer calar: a cirurgia cura a epilepsia?
É importante esclarecer que a cirurgia é realizada para melhorar o controle de crises refratárias à medicação. Dessa forma, não é possível garantir uma “cura” para a epilepsia. Os pacientes devem continuar usando as medicações mesmo após a cirurgia.
Os resultados da cirurgia dependem do tipo de epilepsia e do procedimento realizado. Para a cirurgia de lobo temporal associada à atrofia de hipocampo, o controle total de crises (mantendo, como dito acima, as medicações) pode ser alcançado em aproximadamente 60-70% dos casos. Sem cirurgia, as chances de controle de crises são de aproximadamente 11% para esses pacientes. Esses números mostram que o tratamento cirúrgico (combinado com medicações) é mais eficiente que o tratamento medicamentoso isolado.5
Possíveis riscos dessa cirurgia
Diferentes áreas do cérebro controlam diferentes funções. Portanto, os riscos variam dependendo do local cirúrgico e do tipo de cirurgia. A equipe cirúrgica deve esclarecer os riscos desse procedimento, bem como as estratégias para reduzi-los. As possíveis complicações podem incluir:4
- Problemas de memória e linguagem
- Deficiência visual onde os campos de visão se sobrepõem
- Depressão ou outras mudanças de humor
- Dor de cabeça
- Derrame
Enfim, são muitos os fatores que podem determinar o resultado da cirurgia de epilepsia. Se você acha que pode ser uma opção para seu caso ou de algum familiar, converse com o médico/equipe médica que acompanha a doença e tire todas as suas dúvidas. Mas lembre-se: é fundamental ter um diagnóstico correto e avaliar se essa é a melhor opção para o paciente.