No caso da epilepsia mioclônica juvenil existem dois fatores muito comuns que causam convulsões: falta de sono e estresse. Algumas pessoas com JME podem ter convulsões desencadeadas por luz cintilante, como luzes estroboscópicas em danças, tela da TV, videogames ou luz brilhando entre as folhas das árvores ou refletindo na água ou na neve. São chamadas convulsões fotossensíveis.3
Como é feito o diagnóstico?
É baseado nos sintomas e sinais clínicos, histórico pessoal e familiar e nas características das crises. De posse dessas informações, o médico poderá determinar o tipo ou os tipos de crise. O EEG (eletroencefalograma) é o teste mais importante para fazer um diagnóstico de epilepsia mioclônica juvenil. Além disso, é importante o testemunho de algum familiar para observar se as características abaixo estão presentes:
- Início dos sintomas na adolescência.
- Principais sintomas são os movimentos como abalos musculares rápidos costumeiramente ocorrendo ao acordar, mas podendo também ocorrer à noite.
- Não há perda da consciência, com os pacientes permanecendo acordados durante a ocorrência destas crises mioclônicas.
- Inteligência e intelecto normais.
- Fatores precipitantes definidos (sono ruim, estresse, álcool).
- Histórico familiar de epilepsia.
- Convulsões rápidas, bilaterais, como contrações descoordenadas envolvendo sobretudo os ombros e braços. 4
Ajustes simples no estilo de vida, evitando extremos, e o uso regular do medicamento anticrise – capaz de bloquear a mioclonia e, como consequência, impedindo a ocorrência das crises – podem oferecer mais segurança e integração social, além de minimizar o estigma para pessoas com essa síndrome epiléptica.1