Após a pandemia a frequência das doações de sangue no Brasil diminuiu drasticamente. De lá para cá há registros de queda ano a ano.1 E, além da COVID-19, outras doenças continuam existindo: pacientes com câncer, bebês prematuros nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs), gestantes que precisam de suporte para hemorragia durante o parto, pacientes crônicos, pessoas com anemia falciforme, entre outras enfermidades que continuam demandando cuidados médicos.2 Lembrando que a doção é o único meio de conseguir esse precioso insumo.
Atualmente no Brasil, cerca de 3,2 milhões de pessoas necessitam de transfusões sanguíneas todos os anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.3 Esse número alerta que apenas 1,4% da população brasileira – 14 em cada mil habitantes – doa sangue regularmente.4 Apesar do número ter subido após o período
mais crítico da pandemia, continua abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Segundo estudo global sobre Doação de Sangue e Plasma realizado pela Abbott, divulgado em novembro de 2021, apenas 21% dos doadores regulares brasileiros seguiram comparecendo aos hemocentros durante a pandemia. A prática, no entanto, só deveria ser evitada temporariamente se os voluntários tivessem tido contato com um paciente com COVID-19, com alguém em quarentena ou ainda se o próprio doador estivesse se recuperando de uma infecção pelo coronavírus.
O estudo revelou ainda que do total de brasileiros entrevistados – 1.052 entre homens e mulheres de 16 a 54 anos de todas as regiões –, 19% afirmaram ser doadores regulares (que doam, pelo menos, 1 vez ao ano). O perfil desse tipo de doador no Brasil é de homens entre 25 e 34 anos, de classe social média a alta, com ensino superior, casados e com renda fixa. Doadores não regulares (consideradas pessoas que doaram pelo menos uma vez na vida) correspondem a 13% dos ouvidos na pesquisa.
Doar sangue é simples, rápido e totalmente seguro. Não há riscos de contaminação ou infecção, pois nenhum material é reutilizado e todo doador passa por uma consulta prévia, onde são avaliadas as condições gerais de saúde. Homens podem doar até quatro vezes ao ano, enquanto as mulheres podem fazer até três doações anuais. “A reposição dos estoques de ferro é mais demorada nas mulheres por conta das perdas durante os ciclos menstruais”, explica Guillermo Orjuela, Diretor Médico da Divisão de Medicina Transfusional da Abbott para América Latina e Canadá.
Para doar, é necessário preencher alguns requisitos básicos, tais como ter entre 16 e 69 anos e mais de 50 kg. Menores de 18 anos precisam apresentar um consentimento formal dos responsáveis. É preciso estar bem alimentado e descansado, ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas, e ter evitado alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação. Pessoas com mais de 60 anos só podem se voluntariar se já tiverem doado sangue anteriormente.
Ainda tem dúvidas? Confira alguns mitos e verdades que envolvem a doação de sangue e prepare-se para doar sem medo.
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