Por que os idosos correm maior risco?
Uma das causas mais comuns de ingestão inadequada de nutrientes em idosos é a falta de apetite, afetando 15% a 30% deles 2. A falta de apetite pode ser causada por alterações no paladar, no olfato e na mastigação que ocorrem naturalmente com a idade, mas que também pode resultar por conta de medicamentos, doenças crônicas, cirurgias e alterações cognitivas.
Existem outras razões pelas quais os idosos podem não obter os nutrientes de que precisam para um envelhecimento saudável. Eles podem não ter energia ou motivação para comprar ou preparar alimentos nutritivos, especialmente se morarem sozinhos. Ao mesmo tempo, os requisitos de nutrientes específicos – como proteína para a saúde muscular e cálcio3e vitamina D4 para ossos fortes – aumentam mais tarde na vida, enquanto a absorção de vitamina B125 para manter um sistema nervoso saudável geralmente diminui. Essas mudanças podem tornar a nutrição adequada um desafio, mesmo para aqueles com apetite robusto.
Como a intervenção nutricional desempenha um papel positivo no envelhecimento
Um novo estudo publicado na Clinical Nutrition6, uma parceria entre Abbott, Universidade Javeriana e Hospital San Ignacio, em Bogotá, Colômbia, explorou o impacto de um programa de nutrição personalizado para idosos no bem-estar físico e psicológico e na qualidade de vida geral.
Aproximadamente 600 idosos, muitos dos quais tiveram uma hospitalização recente, ou estavam com uma doença crônica e estavam desnutridos ou em risco, receberam um programa de nutrição personalizado que incluía nutrição e educação sobre exercícios, bem como bebidas nutricionais por 60 dias.
Mais da metade dos participantes apresentou melhora no estado nutricional e na circunferência da panturrilha, que é uma medida da massa muscular da perna. Além disso, mostraram melhorias no peso e no índice de massa corporal, o que resultou em outros benefícios. Pelo menos 1 em cada 3 participantes apresentava comprometimentos em cognição, funcionalidade física, bem-estar psicológico e/ou qualidade de vida. Entre esses indivíduos:
- 84% melhoraram o bem-estar psicológico.
- 76% melhoraram a qualidade de vida, sua mobilidade e autocuidado.
- 75% melhoraram a função cognitiva.
48% melhoraram a funcionalidade física.