Quando o assunto é maternidade, a maioria das mulheres quer descobrir o que é preciso fazer para garantir uma gravidez e um parto tranquilos, e, principalmente, ter um bebê saudável. Não há um roteiro, mas existem passos que as futuras mamães devem seguir.
Se você já fez o teste doméstico, o próximo passo é a confirmação do resultado por meio de um exame de sangue que verifica os níveis do hormônio beta-hCG na circulação sanguínea. Entretanto, caso ainda esteja planejando engravidar, o primeiro passo é a consulta pré-concepcional. Neste momento, o profissional de saúde recomendará a adoção de hábitos saudáveis e a ingestão de suplementos importantes para evitar doenças na mãe e para o desenvolvimento saudável do bebê.
Confirmada a gravidez, é preciso agendar a primeira consulta com obstetra. Esse encontro é fundamental para dar início ao pré-natal e garantir que a mamãe e o bebê estejam bem durante os nove meses da gravidez. É nessa primeira consulta que são solicitados exames laboratoriais (hemograma, urina, tipagem sanguínea etc.); calcula-se a data provável do parto com base no último ciclo menstrual; e são fornecidas orientações à gestante sobre alimentação e a ingestão dos suplementos citados acima.
A suplementação deve ser individualizada, e é extremamente importante. Os multivitamínicos pré-natais recomendados devem conter 100% da necessidade de nutrientes importantes. Essa necessidade aumenta durante a gravidez e é quase impossível atendê-la apenas com dieta. Entre estes suplementos, o ácido fólico/metilfolato é particularmente importante.1 Aqui vale um parêntese para as mulheres que estão tentando engravidar. Além de ser indicado para grávidas no primeiro trimestre, é fundamental para quem está pensando em ter um bebê.
A suplementação de folato pré-concepcional (antes de engravidar) protege contra anomalias estruturais fetais, incluindo os chamados DTNs (defeitos do tubo neural). Mulheres em idade reprodutiva, portadoras ou não de variações nos genes que regulam a metabolização do ácido fólico, podem se beneficiar da suplementação com metilfolato, que deve começar ao menos 30 dias antes de engravidar e mantida até o fim da gestação. Portanto, se você é uma “tentante” converse com seu obstetra sobre a suplementação de vitaminas e nutrientes fundamentais para essa etapa.
É no 1º trimestre que o metilfolato pode ser um aliado
Metilfolato é a forma ativa do ácido fólico, também chamado de vitamina B9 ou folato, que dispensa a metabolização pelo organismo. Já o ácido fólico necessita da ação de uma enzima para convertê-lo em metilfolato, sua forma ativa.
“O metilfolato está associado ao desenvolvimento do tubo neural, isto é, ajuda a prevenir defeitos no fechamento do tubo neural do feto, os DTNs (veja explicação abaixo), que ocorrem por volta do 27º dia após a concepção”, explica Laís Lucato, Gerente Médica da Divisão de Farmacêuticos Estabelecidos da Abbott, complementando que “ainda está relacionado à diminuição do risco de anemia por deficiência de folato, auxiliando na síntese de células vermelhas”. Mas o que são distúrbios do tubo neural?
Os DTNs são defeitos graves do sistema nervoso central adquiridos antes do nascimento, têm um alto risco de morbimortalidade (relação entre morbidade e mortalidade), e se originam durante a embriogênese (processo de formação do feto), entre o 18º e 28º dias após a fecundação, e se referem à malformação do cérebro e medula espinhal. Esta condição ocorre quando algumas estruturas não se fecham corretamente durante a sua formação. Os tipos mais comuns são: anencefalia (malformação fetal, quando o bebê não possui cérebro, calota craniana, cerebelo e meninges), as encefaloceles (malformação no sistema nervoso em que uma parte do cérebro escapa do crânio) e a espinha bífida (malformação congênita causada por uma ausência de integração das estruturas embrionárias da linha média (tubo neural embrionário). O diagnóstico de doenças do tubo neural pode ser estabelecido por ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre.2
A recomendação quanto à ingestão diária adequada de folato para todas as mulheres em idade fértil, a fim de reduzir o risco de defeitos congênitos do tubo neural, teve início na década de 1990, sob orientação do Serviço de Saúde Pública norte-americano, após estudos relacionarem o aumento das concentrações de homocisteína à presença dessas malformações congênitas.3
A ocorrência de DTNs é considerada rara. No Brasil, segundo a Secretaria de Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2019 foram registrados 13.327 casos de nascidos vivos com os defeitos de tubo neural. O maior número de casos notificados e as maiores prevalências neste período foram nas regiões Sudeste e Nordeste. A prevalência média global é estimada em 2 dois casos por 1.000 nascimentos, totalizando aproximadamente de 214.000 a 322.000 gestações afetadas em todo o mundo anualmente.4
Lais alerta que, segundo algumas literaturas médicas, de 40 a 60% da população possui variações genéticas que podem prejudicar a conversão do ácido fólico suplementar em sua forma ativa, o metilfolato.1 “O ponto é não sabermos quem tem essa mutação genética e quem não tem. Então, para que correr o risco?”, questiona. A Abbott tem em seu portifólio o suplemento Zafolat® Plus fonte de metilfolato e enriquecido com vitaminas E, B6 e B12 em sua formulação, sendo recomendado para mulheres em idade fértil, especialmente as que desejam engravidar.5
A forma natural do ácido fólico é encontrada em vegetais de folhas escuras, entretanto é menos absorvida do que o ácido fólico sintético. Para a absorção do folato natural, é necessária a enzima glutamato carboxipeptidase II, localizada no intestino. Fontes alimentares ricas em ácido fólico incluem espinafre, feijão branco, aspargos, laranjas, entre outros, mas o cozimento pode reduzir seu conteúdo em até 90%.6
A ingestão adequada pode reduzir em até 75% o risco de defeitos do tubo neural e outras complicações gestacionais. A OMS recomenda uma dose diária de 400 µg de ácido fólico antes e durante o primeiro trimestre da gestação, podendo aumentar para 5 mg/dia em casos especiais como histórico de malformações congênitas.7
“É importante salientar que a deficiência de folato é silenciosa e tem muito potencial de morbimortalidade, mas, ao mesmo tempo é evitável com uma suplementação correta e no período certo”, conclui Lais.
As informações aqui fornecidas são apenas para fins explicativos e não substituem a orientação médica ou de outro profissional de saúde. Você não deve utilizar essas informações para diagnosticar um problema de saúde ou doença. Sempre consulte um médico ou outro profissional de saúde.
Referências
1 National Library of Medicine - Multivitamin Supplementation During Pregnancy: Emphasis on Folic Acid and l-Methylfolate. Acessado em julho/25. Disponível em https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3250974/
2 Ministério da Saúde - Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) - Ácido fólico em associação à vitamina E para prevenção de distúrbios do tubo neural relacionados à deficiência de ácido fólico em mulheres que estejam em idade fértil. Acessado em julho/25. Disponível em https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2018/resoc99_acido_folico_mulheres_idfertil.pdf
3 Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Revista Femina - A importância do metilfolato na prevenção dos defeitos abertos do tubo neural. Acessado em julho/25. Disponível em https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/FEMINAZ3ZATUALIZADA.pdf
4 National Library of Medicine - Neural tube defects: a review of global prevalence, causes, and primary prevention. Acessado em julho/25. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36882610/
5 Bula Zafolat® Plus – Acessado em julho/25. Disponível em https://www.abbottbrasil.com.br/nossas-bulas/zafolat-plus.html
6 Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences. Importância da suplementação do ácido fólico e do ferro na gestação. Acessado em julho/25. Disponível em https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/2777
7 Ministério da Saúde. Anomalias e infecções congênitas selecionadas - Guia de consulta Rápida. Acessado em julho/25. Disponível em http://plataforma.saude.gov.br/anomalias-congenitas/anomalias-infeccoes-congenitas-selecionadas-guia-consulta-rapida.pdf
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