Influenza e covid: o que saber sobre esta temporada

A temporada de gripe e a pandemia de COVID-19 coincidem, e os cientistas da Abbott contam sobre os próximos meses.

POR MAGALI BALLOTI

À medida que a temporada de gripe colide com a pandemia COVID-19 ainda em curso, as pessoas querem saber o que esperar em relação à saúde.

Normalmente, o aumento do número de casos de gripe é um fenômeno que se repete todos os anos durante o outono e o inverno de cada hemisfério. Por aqui, isso ocorre entre os meses de abril e agosto. Por isso, é importante ficar atento à medida que os casos de gripe progridem durante esses meses.

Como a baixa imunidade da população à gripe por causa da circulação limitada do vírus no ano passado afetará a temporada de gripe deste ano?

Leva cerca de duas semanas depois de receber a vacina contra a gripe para os anticorpos se desenvolverem e fornecerem proteção contra o vírus da gripe. E essa proteção normalmente dura cerca de seis meses, quando então os níveis de anticorpos da pessoa diminuem. Também sabemos que as respostas de anticorpos causadas por infecção natural são muitas vezes mais amplas e duradouras do que uma resposta de anticorpos induzida pelas vacinas.

Tomar a vacina contra a gripe é importante para ajudar a diminuir a gravidade da temporada de gripe, especialmente se a vacina contiver uma boa combinação dos vírus circulantes.

Mary Rodgers, Ph.D. e cientista principal da Divisão de Diagnósticos da Abbott, alerta que pode ocorrer uma interferência viral, que é quando a infecção por um vírus fornece proteção contra outros vírus. Ou seja, uma infecção respiratória estimula uma resposta imune suficiente para evitar que outros vírus respiratórios se reproduzam nas células do organismo e o adoeçam, pelo menos por um período. Apesar de não ser comum, certamente você pode ter dois vírus ao mesmo tempo, como gripe e COVID-19.

Por isso, o teste rápido de antígeno para COVID-19 continua sendo uma ferramenta-chave ao lado das vacinas da COVID-19 e da gripe. Saber se você tem OU não COVID-19 ou gripe, em tempo real, permite minimizar a propagação desses vírus. É provável que a COVID-19 esteja aqui para ficar e é possível que, no futuro, haverá temporadas de pico separadas para COVID-19 e gripe.

Como a taxa de vacinação da COVID-19 afetará a capacidade do vírus de sofrer mutações?

Todos os vírus sofrem mutações, alguns mudam mais rápido que outros. E quanto mais um vírus circula, mais oportunidades tem de sofrer mutações. Essa é uma das razões pelas quais medidas preventivas – incluindo testes, uso de máscara, lavagem das mãos e vacinação – são tão importantes.

Sabemos que quando uma alta porcentagem de uma população tem imunidade a um vírus, a sua propagação fica muito reduzida. Isso é conhecido como imunidade de rebanho. A quantidade de imunidade necessária para atingir esse patamar varia dependendo do vírus. Por exemplo, para alcançar a imunidade de rebanho contra o sarampo, cerca de 95% da população precisa ser imune ao vírus, enquanto o limite para a poliomielite é de cerca de 80%. Os cientistas ainda estão aprendendo sobre a imunidade ao vírus da COVID-19, quanto tempo ela dura e qual a porcentagem da população necessária para atingirmos a imunidade de rebanho.

Saiba mais sobre o trabalho contínuo da Abbott para ajudar a evitar que um vírus suspeito se transforme em uma pandemia global.

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