Embora a maioria das pessoas entenda a desnutrição como subnutrição ou baixo peso corporal, o peso corporal por si só não é tudo. Mesmo quando há perda muscular, o peso corporal pode não mudar. Os tipos de desnutrição podem assumir muitas formas, incluindo:
A desnutrição afeta diversos aspectos da vida, tais como a qualidade de vida, a imunidade do nosso corpo e até a capacidade de manter a nossa independência. Por isso, entender a desnutrição é importante para assumir o controle da sua saúde e da saúde de seus entes queridos. Saiba mais sobre as populações em risco, principais causas, sinais e sintomas, e como reduzir os riscos de desnutrição.
Pessoas em risco de desnutrição
A desnutrição pode afetar as pessoas que têm acesso limitado a alimentos nutritivos ou aquelas que apresentam problemas de digestão, absorção ou certos problemas metabólicos. Estas são algumas populações em risco de desnutrição:
Causas da desnutrição
As causas comuns de desnutrição incluem, entre outras:
Baixa qualidade de nutrientes. É possível obter calorias suficientes, mas ainda assim apresentar desnutrição na forma de deficiência de micronutrientes. Embora os micronutrientes em si não forneçam calorias, eles ajudam o corpo a utilizar a energia das fontes calóricas armazenadas e promovem a saúde geral. Alimentos altamente calóricos (como salgadinhos, doces e refrigerantes), geralmente contêm baixos níveis de micronutrientes. Uma pessoa que consome esses tipos de alimentos com frequência provavelmente ingerirá mais calorias do que precisa, mas não as vitaminas e sais minerais suficientes, resultando em uma deficiência de micronutrientes.
Sinais a observar
Os sinais e sintomas da desnutrição incluem:
Doenças crônicas como a coronariopatia (doença das artérias do coração), pressão arterial alta, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes tipo 2, sobrepeso/obesidade e deficiência de micronutrientes também podem ser causadas pela nutrição inadequada.
Estudo de pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP (Nupens), ligado à FSP-USP, realizado junto a pesquisadores de outras instituições incluindo a Fiocruz, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidad de Santiago de Chile, calcula que o número de mortes associadas ao consumo de alimentos ultraprocessados pode chegar a aproximadamente 57 mil ao ano no Brasil2, com base em dados demográficos e de mortalidade consolidados referentes ao ano de 2019. Nos EUA, pesquisas indicam que 1 em cada 5 mortes prematuras por doença cardiovascular3 podem ser prevenidas pela melhora da nutrição.
Como reduzir o risco de desnutrição
Em geral, as pessoas desnutridas podem necessitar de cuidados nutricionais adicionais de seus profissionais da saúde:
A boa nutrição é o pilar da saúde. Ela desempenha um papel essencial para estimular a recuperação de doenças, bem como o sistema imune, a força, a capacidade de cicatrização entre outros. Se você ou um ente querido está preocupado com um risco de desnutrição, fale com um profissional da saúde.
Referências
1 Oxfam Brasil - Fome avança no Brasil em 2022 e atinge 33,1 milhões de pessoas. Acessado em janeiro/2023. Fome avança no Brasil em 2022 e atinge 33,1 milhões de pessoas | Oxfam Brasil.
2 Faculdade de Saúde Pública – Universidade de São Paulo - Mortes prematuras atribuíveis ao consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil. Acessado em janeiro/2023. Pesquisadores calculam 57 mil mortes ao ano no Brasil associadas ao consumo de alimentos ultraprocessados – Faculdade de Saúde Pública da USP
3 Springer Nature - Cardiovascular mortality attributable to dietary risk factors in 51 countries in the WHO European Region from 1990 to 2016: a systematic analysis of the Global Burden of Disease Study. Acessado em janeiro/2023. Cardiovascular mortality attributable to dietary risk factors in 51 countries in the WHO European Region from 1990 to 2016: a systematic analysis of the Global Burden of Disease Study | SpringerLink
4 Nutrition Gov - Food Assistance Programs. Acessado em janeiro/2023. Food Assistance Programs | Nutrition.gov.
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