Vida profissional para pessoas com epilepsia

Ter epilepsia não impede alguém de ter o trabalho que deseja, mas existem alguns pontos que podem afetar sua realização.

A epilepsia pode afetar o trabalho de uma pessoa dependendo se esse indivíduo tem convulsões, como são e com que frequência elas acontecem. Dois em cada três pacientes com epilepsia tem as crises controladas com a medicação. Essas pessoas têm vida normal, desde que atendam às orientações médicas. Isto é: usar correta e regularmente a medicação, evitar excesso de bebidas alcoólicas e manter uma rotina de sono saudável.1

As pessoas com epilepsia podem e devem trabalhar como qualquer outra pessoa. Entretanto, devem escolher uma profissão que não ponha em risco a sua integridade física e a dos outros. Segundo a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), existem algumas profissões consideradas de risco. Veja alguns exemplos:2

  • Trabalho em alturas
  • Motorista profissional
  • Berçarista/babá
  • Piloto de avião
  • Cirurgião
  • Operador de máquinas industriais com risco de ferimento ou de alta precisão que envolva riscos
  • Trabalho junto ao fogo (cozinheiro, padeiro, bombeiro etc.)
  • Guarda-vidas
  • Mergulhador
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Quais são os problemas enfrentados pelas pessoas com epilepsia quando buscam emprego?2
O desemprego e o subemprego são muito frequentes entre as pessoas com epilepsia, sendo resultantes da resistência do empregador em admiti-los. Os principais fatores que sustentam essa situação são: preconceito; medo de absenteísmo; receio de questões legais decorrentes de acidentes de trabalho.

Todos os fatores apontados acima decorrem do desconhecimento da epilepsia pois, na maioria dos casos, ela não incapacita o indivíduo para o trabalho. Entretanto, a pessoa com epilepsia deverá ser encaminhada ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para obtenção de benefício (auxílio-doença) apenas quando estiver com suas crises descontroladas, a ponto de estas prejudicá-la em suas atividades profissionais.

A epilepsia ainda carrega grandes mitos, tabus e preconceitos dificultando a vida dos de quem tem a doença. Por isso, muitas pessoas com epilepsia preferem não contar aos possíveis empregadores sobre a epilepsia. Educar as empresas sobre a epilepsia poderia eliminar conceitos errôneos e pode ser a resposta para o subemprego e desemprego entre as pessoas com esta condição.

Como ajudar uma pessoa com epilepsia a encontrar uma boa colocação profissional?2

  • Aproveitando o potencial individual, para indicação de profissões adequadas.
  • Facilitando a aceitação do empregado com epilepsia por meio da orientação dos empregadores.
  • Incentivando a pessoa com epilepsia a trabalhar, diminuindo o auxílio-doença, para reintegrá-lo à sociedade.
  • Para determinados tipos de empregos, basear-se em avaliações individuais, e não no diagnóstico de epilepsia.

Referências

1Epilepsy Society -Work and employment for people with epilepsy. Website acessado em julho/2022. Work and employment for people with epilepsy | Epilepsy Society
2Associação Brasileira de Epilepsia - Tudo sobre epilepsia/Epilepsia e atividade profissional. Website acessado em julho/2022. Dúvidas Frequentes - ABE | Associação Brasileira de Epilepsia (epilepsiabrasil.org.br)

Material destinado ao público geral. BRZ2244484. Agosto/2022.

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