Calcula-se que entre 7% e 8% das adultas jovens apresentem hipotireoidismo. "Acima dos 65 anos, a prevalência dessa disfunção nelas chega a ser de 15%", informa o endocrinologista Danilo Villagelin, professor da PUC Campinas (Pontifícia Universidade Católica), no interior paulista, e atual presidente do Departamento de Tireoide da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).
Na adolescência, segundo a Dra. Gabriela Pravatta Rezende, ginecologista da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), é raro, mas pode acontecer: "A menina nunca menstruou e, quando o médico investiga, percebe que a causa é o hipotireoidismo". Ora, se a função da tireoide está muito reduzida, o sistema nervoso central é capaz de bloquear a liberação de hormônios sexuais femininos pelos ovários. E, daí, o ciclo menstrual simplesmente não acontece.
A partir da adolescência e por toda a idade fértil o elo entre a produção de hormônios tireoidianos e a liberação dos hormônios sexuais femininos também explica por que o hipotireodismo causa uma menstruação desordenada. "Ela atrasa e geralmente se prolonga por mais de uma semana", descreve a Dra. Gabriela.
Na hora de planejar um bebê, a mulher com hipotireoidismo pode ter dificuldade para gerar filhos. Isso porque, ao afetar indiretamente o ciclo menstrual, a disfunção da tireoide faz com que as ovulações sejam mais raras ou nem aconteçam. "Pelo sim, pelo não, o ginecologista precisa checar se o mesmo mecanismo autoimune da tireoidite de Hashimoto não levou as defesas a atacarem os ovários", explica Dra. Gabriela. "Quando é assim, há uma falência ovariana prematura, como se a mulher entrasse na menopausa antes da hora."
ATENÇÃO!
"Toda mulher que planeja um bebê deve fazer um exame pré-concepcional para checar a função da tireoide", diz a Dra. Gabriela. "Nessa fase, os níveis de T4 devem estar os mais próximos do normal possível". Segundo o último consenso publicado em conjunto pela Febrasgo e pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) em outubro de 2022, no início da gravidez o TSH deve permanecer abaixo de 2,5 mUI/L caso a gestante já tenha hipotireoidismo diagnosticado previamente à gestação. Mas, se ela não tiver essa disfunção, o TSH deve estar entre 2,5 mUI/L até 4 mUI/L.
Na gravidez
A tireoide do bebê só vai aparecer após a décima-segunda semana de gestação. Até lá, a mãe precisa produzir uma quantidade de hormônios para suprir suas próprias necessidades e a da criança. Aliás, a tireoide pode crescer até 10% nesse período.
Se os hormônios tireoidianos não estiverem dentro da meta, especialmente nesse primeiro semestre, a gestação fica ameaçada. "Mas não existe esse perigo se a gestante faz um bom pré-natal", tranquiliza a ginecologista. "Ele inclui um olhar para a tireoide."
Perigo para o feto
Tanto o hiper quanto o hipotireoidismo podem comprometer gravemente o bebê — em casos graves, a tal ponto de inviabilizar a vida.
No caso do hipotireoidismo, ele afeta o desenvolvimento dos ossos, do músculo e do coração. E, o que é mais comum, pode levar à déficit intelectual.
Após o nascimento da criança
Algumas mulheres desenvolvem uma inflamação na tireoide no puerpério, que se resolve em poucos meses. Mas até lá, às vezes, ela causa sintomas que lembram os de uma depressão pós-parto. "É preciso sempre descartar uma disfunção da tireoide em casos assim", pensa a Dra. Gabriela.
Na menina recém-nascida
Existem casos de hipotireoidismo congênito: a criança já nasce com ele. O teste do pezinho é capaz de flagrá-lo e, aí, o tratamento deve começar o mais rápido possível para a falta de hormônios tireoidianos não causar deficiência cognitiva, entre outras consequências. Outra vez, acontece mais em meninas do que em meninos.
Na menopausa
Desconforto térmico, depressão, perda de massa magra, aumento da massa gorda, pele ressecada, queda de cabelos, irritabilidade — muitos dos sintomas associados à menopausa podem ser causados pelo hipotireoidismo ou se tornarem mais intensos por causa dele. O tratamento com levotiroxina, aí, pode melhorar bastante a qualidade de vida de algumas mulheres nessa fase.
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