Algumas mulheres não têm desafio algum com os sintomas da menopausa e podem até sentir-se aliviadas quando não precisam mais preocupar-se com menstruações dolorosas ou com uma possível gravidez. Entretanto, para outras mulheres, essa transição pode trazer ondas de calor, suores noturnos, problemas para dormir, dor durante o sexo, alterações do humor, irritabilidade, depressão ou uma combinação de vários desses sintomas.1
Você pode conversar com seu médico para entender esses sinais e diagnosticar a menopausa e ainda saber como mudanças no estilo de vida ou medicamentos podem ajudar a tratar seus sintomas.
Diagnóstico
Em geral, os sinais e os sintomas são suficientes para informar à maioria das mulheres que elas entraram na menopausa. Entretanto, sempre é bom conversar com seu médico para tirar todas as dúvidas sobre menstruação irregular, os famosos fogachos (ondas de calor) ou qualquer outra alteração que tenha notado.2
Apesar de os testes normalmente serem desnecessários para diagnosticar a menopausa, em alguns casos o médico pode recomendar exames de sangue para verificar seu nível de:
Tratamentos
A menopausa não requer tratamento médico específico. Entretanto, é possível aliviar seus sintomas e prevenir ou gerenciar condições crônicas que podem ocorrer com o envelhecimento. Veja a seguir como agem algumas dessas terapias.
Terapia de reposição hormonal (TRH)
A terapia com estrogênio é a opção de tratamento mais eficaz para aliviar as ondas de calor da menopausa. Dependendo do histórico médico pessoal e familiar da mulher, seu médico pode recomendar o uso de estrogênio numa dose mais baixa e pelo menor período necessário para fornecer alívio dos sintomas. O estrogênio também ajuda a prevenir a perda óssea. No caso de mulheres que ainda tem seu útero, também será preciso ministrar o uso de progesterona.
Apesar de trazer benefícios para algumas mulheres, o uso a longo prazo da terapia hormonal pode acarretar riscos cardiovasculares, além de ser contraindicado para pacientes com histórico de câncer de mama. Converse com seu médico sobre os benefícios e riscos da terapia hormonal e se é uma escolha segura para você.2
Estrogênio vaginal
O estrogênio tem diversas funções importantíssimas no corpo da mulher, como regular a distribuição de gordura e o crescimento de pelos no corpo, inibir a reabsorção óssea etc. E mais: ele também promove a lubrificação vaginal. Com a diminuição desse hormônio que funciona como um lubrificante, ajudando a aumentar a umidade vaginal, ocorre a secura e a redução da elasticidade da vagina, que, muitas vezes, tornam o sexo um pouco desconfortável.3
Para aliviar a secura vaginal, o estrogênio pode ser administrado diretamente na vagina, usando um creme vaginal. Esse tratamento libera uma pequena quantidade de estrogênio, que é absorvido pelos tecidos vaginais, podendo ajudar a aliviar a secura vaginal, o desconforto com a relação sexual e alguns sintomas urinários.2
Antidepressivos de baixa dosagem
Os antidepressivos podem proporcionar alívio dos sintomas vasomotores: ondas de calor, suor noturno, rubor na pele. Tais sintomas também são muito comuns na menopausa e são relatados pela maioria das mulheres nesta fase da vida. Estudos sugerem que baixas doses desses medicamentos podem ajudar a reduzir, em especial, as ondas de calor e os suores noturnos.4
Medicamentos para prevenir ou tratar a osteoporose
Atualmente o mercado oferece várias medicações que ajudam a reduzir a perda óssea e o risco de fraturas. E os médicos podem – e devem – recomendá-los, dependendo das necessidades de cada mulher. Vale lembrar que a TRH também ajuda a prevenir a perda óssea. Por isso, sempre fale com seu médico sobre qual é a melhor opção no seu caso.2
Adesão ao tratamento: desafio global
A não adesão ao tratamento, seja qual for a patologia, é um problema mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), adesão ao tratamento significa "a medida com que o comportamento de uma pessoa corresponde às recomendações de um profissional da saúde”. Ou seja, o quanto o paciente compreende, concorda e participa do seu tratamento.
A não adesão à farmacoterapia leva a resultados clínicos ruins e aumenta os custos de saúde, comprometendo a eficácia do tratamento6. Segundo a OMS, a prevalência de não adesão à farmacoterapia é tão alarmante que a implementação de melhorias na adesão aos tratamentos existentes pode resultar em mais benefícios à saúde do que o desenvolvimento de novos tratamentos. 5
A proporção e o impacto da baixa adesão em países de média e baixa renda pode ser ainda mais elevada, devido à carência de recursos e às dificuldades no acesso aos cuidados de saúde. Além disso, estima-se que 51,7% dos brasileiros interrompem o tratamento devido à falta de recursos para adquirir os medicamentos.6
Quase todos os tratamentos têm seus prós e contras. Por isso, antes de decidir sobre qualquer forma de tratamento, converse com seu médico sobre as melhores opções para você e esclareça os riscos e os benefícios envolvidos em cada uma delas. Importante: revise suas opções todos os anos, pois suas necessidades podem mudar e novas opções de tratamento podem surgir.
Este texto foi originalmente publicado em 07/11/2022, atualizado em 22/08/2023.
Referências
1Instituto Nacional do Envelhecimento (National Institute on Aging – EUA) – O que é a menopausa? – Website acessado em agosto/23. What Is Menopause? | National Institute on Aging (nih.gov)
2Mayo Clinic – Menopausa - Diagnóstico e tratamento – Website acessado em agosto/23. Menopause - Diagnosis and treatment - Mayo Clinic
3Drauzio Varela – UOL – Ressecamento vaginal na menopausa como lidar? – Website acessado em agosto/23. Ressecamento vaginal na menopausa: como lidar? | Drauzio Varella - Drauzio Varella (uol.com.br)
4Healthline – Antidepressivos para menopausa – Website acessado em agosto/23. Antidepressants for Menopause: Benefits, Types, Side Effects, and More (healthline.com)
5 Scielo Saúde Pública - An evaluation of non-adherence to pharmacotherapy for chronic diseases and socioeconomic inequalities in Brazil. – Webisite acessado em agosto/23. Disponível SciELO - Saúde Pública - Avaliação da não adesão à farmacoterapia de doenças crônicas e desigualdades socioeconômicas no Brasil Avaliação da não adesão à farmacoterapia de doenças crônicas e desigualdades socioeconômicas no Brasil (scielosp.org)
6Biblioteca Virtual em Saúde – Ministérios da Saúde – Adesão ao tratamento medicamentoso por pacientes portadores de doenças crônicas – Website acessado em agosto/23. Síntese de evidências para políticas de saúde: adesão ao tratamento medicamentoso por pacientes portadores (saude.gov.br)
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