O número de adultos entre 30 e 79 anos com hipertensão aumentou de 650 milhões para 1,28 bilhões nos últimos 30 anos, de acordo com a primeira Análise Global Abrangente das Tendências na Prevalência, Detecção, Tratamento e Controle da hipertensão liderada pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada em agosto de 2021 na revista The Lancet.1
No Brasil, de acordo com dados divulgados no Vigitel 2021 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a frequência de diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 26,3%, sendo de 27,1% entre mulheres e de 25,4% entre homens.2
Mais do que números alarmantes, o principal dado é que grande parte desses indivíduos não sabe que tem essa condição: a pressão alta pode não ter sintomas. Mas o que é a hipertensão arterial e como detectar esse problema?
Responsável pelo aumento significativo de risco de doenças cardíacas, cerebrais e renais, a hipertensão arterial é uma das principais causas de morte e doenças em todo o mundo.1 Mal silencioso, a hipertensão – popularmente conhecida como pressão alta – ocorre quando a pressão arterial apresenta valores maiores ou iguais a 140 por 90 mmHg. Pessoas com familiares hipertensos, que não têm hábitos alimentares saudáveis, ingerem muito sal, estão acima do peso, exageram no consumo de álcool ou têm diabetes estão entre os indivíduos com maior risco de desenvolver essa doença3,4.