Não basta saber o índice de massa corporal (IMC) de uma pessoa para avaliar se ela está exposta a fatores de risco para diabetes ou doenças cardiovasculares. É preciso também conhecer seu nível de gordura corporal. Isso porque alguém que esteja com um IMC entre 18 e 25, ou seja, dentro dos parâmetros considerados normais, ainda pode ter um nível de gordura no corpo acima do recomendado.
Um novo estudo1 publicado na revista Frontiers in Public Health sugere que, nos países desenvolvidos, o número de pessoas "magras", mas com excesso de gordura corporal, é maior do que as que podem ser consideradas obesas ou com sobrepeso. A pesquisa estima que 90% dos homens, 80% das mulheres e 50% das crianças nos EUA, na Nova Zelândia, na Grécia e na Islândia estejam nessa situação. O fenômeno é conhecido como obesidade do peso normal, e vem sendo estudado em diversos países.
A gordura corporal excessiva é extremamente preocupante, já que é um dos fatores de risco para diabetes, infarto e acidente vascular cerebral (AVC), entre outras complicações. De acordo com os pesquisadores, 50% das pessoas consideradas saudáveis, considerando o IMC, estão de fato correndo perigo de enfrentar doenças. Especialmente se a gordura corporal já se mostra bem visível na região da cintura.
Os riscos da gordura abdominal
Um dos tipos mais perigosos de gordura é a abdominal, pois cresce de forma profunda, envolvendo órgãos vitais. O fígado se alimenta dela, transformando-a em colesterol, que com o tempo entupirá as artérias, elevando o risco de infarto ou AVC. Além disso, essa gordura também resulta em resistência à insulina e, consequentemente, no diabetes.
Nos últimos anos, têm-se acreditado que medir a circunferência abdominal com uma fita métrica pode ser mais eficaz do que calcular o IMC. Se a circunferência da cintura for metade da altura ou menos, significa que o nível de gordura está aceitável. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as mulheres não devem ultrapassar os 80 cm de circunferência abdominal e os homens, 94 cm2.
Um estudo realizado pela Federação Mundial de Cardiologia revelou que 66% dos brasileiros se preocupam apenas com o peso apontado na balança, 6% dão atenção ao cálculo do IMC e apenas 1% dá mais importância à gordura abdominal3. E o problema não para por aí. Segundo o mesmo estudo, 58% dos médicos não reconhecem a importância da medida da circunferência abdominal na prevenção de doenças cardiovasculares e 45% afirmaram jamais ter feito essa medição em seus pacientes.
Vida saudável
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia4, a prevenção contra o acúmulo de gordura corporal passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos ricos em gordura e açúcar são as principais causas do aumento da gordura abdominal.
A adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de atividade física, ainda é a melhor forma de reduzir a gordura corporal. Em casos específicos, pode ser necessário o uso de medicamentos, como os sensibilizadores de insulina, que ajudam a baixar o açúcar no sangue. Ou remédios para pressão alta e para diminuir o índice de gordura no sangue. Tudo devidamente receitado pelo médico - é sempre bom mencionar.
Referências:
1Frontiers in Public Health http://journal.frontiersin.org/article/10.3389/fpubh.2017.00190/full
2Ministério da Saúde http://portalsaude.saude.gov.br/dicas-de-saude/so-o-imc-nao-diz-como-voce-esta.html
3Sociedade Brasileira de Hipertensão http://www.sbh.org.br/geral/noticias.asp?id=61
4Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia https://www.endocrino.org.br/a-sindrome-metabolica/
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