Estresse: 5 dicas de alimentação e estilo de vida para aliviar esse mal moderno

ATUALIZADO POR MAGALI BALLOTI

É cada vez mais frequente as pessoas enfrentarem situações de estresse, seja por conta do trabalho, de uma noite mal dormida, ou mesmo por problemas de família. Saber lidar com o estresse é fundamental para sua saúde.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 90% da população mundial sofre com o estresse1. E no Brasil, a preocupação também é grande. Segundo um levantamento da Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMA), o País é segundo do mundo com o maior nível de estresse.2

Ficar estressado durante longos períodos pode gerar problemas de saúde físicos e emocionais. Por isso é importante reconhecer os sinais de estresse – e tratá-los o quanto antes com períodos de descanso, exercícios e alimentação saudável. “Muitas vezes não nos damos conta, mas a boa alimentação pode ser muito eficaz para combater os efeitos negativos desse que é um dos principais problemas da modernidade”, afirma Patrícia Ruffo, nutricionista e Gerente Científico do negócio Nutricional da Abbott no Brasil.

No caso de uma alimentação equilibrada, é importante ingerir alimentos como verduras verde-escuras, que são ricas em vitaminas, ácido fólico e fibras, além de proteínas magras, como peixes e aves. Esses alimentos contribuem para a redução e o combate dos possíveis efeitos do estresse porque conseguem reduzir os níveis de inflamação do corpo. Embora um certo nível de inflamação não seja ruim – às vezes apenas uma resposta do corpo a uma lesão, ao estresse ou até mesmo aos exercícios físicos – a inflamação excessiva e por muito tempo pode levar ao estresse oxidativo. Quando equilibrado, o estresse pode até ajudar a curar o corpo, mas fora de controle ele é capaz de danificar os órgãos.

Conheça cinco dicas que podem ajudar a prevenir o impacto do estresse, tanto na mente quanto no corpo, a partir de pequenas mudanças na rotina:

1. Preste atenção em sua alimentação

Ingerir alimentos ricos em compostos anti-inflamatórios, como ácidos graxos insaturados (como salmão, atum, semente de linhaça, frutas secas como nozes, castanha do pará, amendoas), antioxidantes, polifenóis e carotenoides (como chocolate amargo, verduras verde-escuras, pimentões coloridos, frutas e legumes amarelos e vermelhos são excelentes fontes de carotenóides e vinho). Esses alimentos, que são parte da dieta mediterrânea, são ótimos para diminuir a inflamação.

2. Coma em casa

Comer em casa geralmente aumenta as chances de ter uma dieta saudável, já que permite controlar os ingredientes das refeições. Uma forma de manter uma dieta saudável é ter sempre alimentos frescos e nutritivos à mão. Muitos deles podem ser congelados ou desidratados, como castanhas, frutas e cereais ricos em fibras.

3. Exercícios físicos

Embora o estresse às vezes possa dificultar a atividade física, a prática do exercício quando nos sentimos estressados é mais importante do que em qualquer outra ocasião. A atividade física libera endorfinas e reduz os níveis de adrenalina e cortisol, ajudando a diminuir o estresse mental. Endorfinas são substâncias químicas cerebrais que dão aos corredores aquela “euforia” e permitem que seus corpos relaxem.

4. Durma bastante

Ter uma noite de sono inadequada altera a secreção de hormônios que estimulam a fome, fazendo com que a vontade de comer aumente além do necessário. Esse é um dos motivos que faz o indivíduo comer demais quando está estressado e sem dormir. Lembre-se que é recomendado dormir entre sete e oito horas por noite.

5. Beba mais água e diminuir a ingestão de cafeína

A cafeína, na verdade, pode piorar a resposta ao estresse. Portanto, embora um pouco de café possa ajudar, o ideal é beber água ao longo do dia.

“Livrar-se do estresse pode não parecer uma tarefa fácil, porém é possível evitá-lo com mudanças no estilo de vida que devem começar o quanto antes. Um dos primeiros passos é manter um hábito de vida saudável em conjunto com uma dieta balanceada, além de técnicas de respiração que podem ser grandes aliados contra os efeitos que o estresse pode causar”, orienta Patrícia.

Referências bibliográficas:

1Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP) http://www1.imip.org.br/imip/noticias/oms-estima-que-estresse-atinge-cerca-de-90-da-populacao-mundial-saiba-como-combatelo.html

2Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMA) http://www.ismabrasil.com.br/

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